Depois de subir em março e em abril, o indicador que mede o nível de utilização da capacidade instalada teve ligeira queda, de 82,8% para 82,3% na passagem de abril para maio. "Este é um sinal de que pode haver uma estabilização desse indicador", disse Castelo Branco, acrescentando que essa estabilidade é saudável, pois significa que a indústria não vai gerar pressão inflacionária.
Segundo ele, dois fatores colaboram para isso. O primeiro é que o efeito da ocupação da ociosidade criada pela crise já terminou e o segundo é que os investimentos estão crescendo a um ritmo superior ao do consumo, equilibrando a relação entre a capacidade das fábricas e a produção.
Outros índices divulgados pela CNI mostram crescimento. Por exemplo, o faturamento real, que se expandiu 2,1% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Segundo o economista da CNI, Marcelo de Ávila, esse aumento foi um ajuste perante a queda do faturamento verificado em abril. Naquele mês, houve uma redução do faturamento devido ao fim dos incentivos tributários às vendas como a redução do IPI dos carros e dos produtos da linha branca. "A tendência é continuar a expansão, pois o mercado interno continua crescendo, mas em ritmo mais moderado", disse Castelo Branco.
Segundo a CNI, a expansão da indústria continua sendo fomentada pelo mercado interno, já que as exportações ainda estão sentindo o efeito da crise econômica iniciada em setembro de 2008.