Em busca do emprego ideal, os brasileiros têm expectativas claras sobre o que valorizam no ambiente de trabalho. Flexibilidade de horário, alinhamento de valores e remuneração se destacam como critérios decisivos, de acordo com um estudo do Ecossistema Great People & GPTW.
Principais destaques da pesquisa:
- O Alinhamento com a empresa é fundamental: 72% buscam valores e propósitos alinhados à empresa, enquanto 67% valorizam a flexibilidade.
- Tendência CLT: Mesmo que 64% dos entrevistados estejam empregados sob o regime CLT, apenas 50% desejam continuar nesse modelo. Há uma crescente preferência pelo trabalho autônomo.
- Preferência pelo modelo híbrido: 52,8% dos profissionais preferem trabalhar no modelo híbrido, superando os que optam pelo modelo totalmente presencial ou remoto.
- Desafios da liderança: A comunicação ineficaz e a sobrecarga de trabalho são apontadas como os principais desafios no ambiente de trabalho.
- Treinamento e desenvolvimento: 86% dos trabalhadores querem oportunidades para desenvolver habilidades técnicas e soft skills, com destaque para liderança e autoconhecimento.
- Impactos da IA: 74.9% acreditam que a Inteligência Artificial terá impacto positivo no trabalho, mas 13% temem que isso afete negativamente as oportunidades de emprego.
- Diversidade e Inclusão: 44% consideram as iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão ao buscar um novo trabalho. Critérios relacionados a ESG são relevantes para 35,5%.
A pesquisa destaca ainda os desafios da inteligência artificial e o impacto das diferentes gerações no mundo do trabalho. Diferenças entre as gerações, especialmente a Geração Z, mostram um maior anseio por propósito e alinhamento de valores com seus empregadores.
“O ‘trabalho ideal’ varia entre indivíduos, mas uma busca comum é por equilíbrio e qualidade de vida”, observa Daniela Diniz, diretora do Ecossistema Great People & GPTW.
Conduzido entre maio e junho de 2023, o estudo consultou mais de 1.300 profissionais de cinco gerações distintas para entender suas perspectivas sobre o mundo do trabalho.
Saúde mental em destaque: Outro ponto de destaque no estudo é a preocupação com a saúde mental. 80% dos entrevistados sentem que o trabalho afeta sua saúde mental, superando outras áreas como saúde física (41%) e sono (37%). A harmonia entre vida profissional e pessoal emerge como uma questão crucial para a força de trabalho moderna.
A visão da geração Z: Particularmente interessante é a perspectiva da Geração Z em relação ao trabalho. 57,39% desta geração admite sentir o “desânimo de domingo”, uma sensação de desgosto diante da iminente semana de trabalho – um número consideravelmente mais alto do que o visto em gerações anteriores. Essa estatística sublinha a necessidade de reavaliar como o trabalho é estruturado e percebido por gerações mais jovens.
Iniciativas ESG em crescimento: Enquanto a diversidade e a inclusão ganham destaque, os critérios ESG (meio ambiente, social e governança) também estão no radar dos profissionais. 35,5% dos entrevistados consideram as práticas ESG ao avaliar potenciais empregadores, indicando uma crescente consciência ambiental e social no mercado de trabalho brasileiro.
O estudo traz insights valiosos para empregadores e líderes de RH, enfatizando a importância de se alinhar com as expectativas dos funcionários em um mundo profissional em rápida evolução. Da flexibilidade à formação, do propósito corporativo à saúde mental, fica claro que o “trabalho ideal” está em constante transformação, e as empresas precisam se adaptar para atrair e reter os melhores talentos.