Nessa conta, entraram US$ 13,106 bilhões, o melhor resultado da série histórica iniciada em janeiro de 1982. O valor foi resultado de ingresso totais de US$ 39,705 bilhões e saídas de US$ 26,599 bilhões. No segmento comercial, outubro encerrou com entrada líquida de US$ 1,492 bilhão, cifra gerada por exportações de US$ 14,304 bilhões e importações de US$ 12,812 bilhões.
Na última semana do mês, entre os dias 26 e 30, já sob as novas regras de tributação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o capital estrangeiro, o fluxo cambial teve ingresso líquido de US$ 1,757 bilhão, sendo que a conta financeira contribuiu com US$ 1,085 bilhão desse resultado. Os US$ 672 milhões restantes foram obtidos pelo segmento comercial.
No acumulado do ano até o dia 30 de outubro, o fluxo cambial tem ingresso líquido de US$ 22,856 bilhões. Nesse período, o segmento financeiro teve entrada líquida de US$ 13,255 bilhões e a conta comercial contribuiu com US$ 9,600 bilhões. Em igual período de 2008, o fluxo cambial registrava saldo positivo de US$ 12,549 bilhões.
IOF impacta fluxo, mas entrada de dólares permanece elevada
Apesar de o setor financeiro ter liderado o ingresso em outubro, o BC destaca que a entrada da divisa norte-americana no País caiu expressivamente após a tributação com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o capital estrangeiro. A entrada de dólares observada após o imposto, no entanto, ainda é 5,9% maior que o observado em setembro (de US$ 218 milhões) e 199% superior à média de agosto (US$ 77 milhões).
Dados do BC revelam que a média diária de entrada de recursos na chamada conta financeira caiu 74,9% entre os dias 20 e 30 de outubro na comparação com o período anterior, de 1º a 19 do mês. A taxação começou em 20 de outubro.
Segundo o BC, a média diária de entrada líquida ficou em US$ 231 milhões nos últimos dez dias do mês. O valor representa praticamente um quarto do observado nos 19 primeiros dias de outubro, quando a cifra ficou em US$ 919 milhões. Até o dia 19, o IOF ainda não era cobrado e houve expressiva transferência de dólares para a compra de ações da subsidiária brasileira do Santander que ofertou papéis na Bolsa de Valores de São Paulo.