Flávia Furlan Nunes
"A exigência para se contratar um candidato aumenta. Portanto, os jovens sentirão mais dificuldades para conseguir o primeiro emprego, uma vez que são menos qualificados", afirmou ao InfoMoney.
O que fazer?
Questionado sobre o que o jovem profissional deve fazer para aumentar sua empregabilidade, diante dessa realidade, ele citou a procura por um trabalho durante a faculdade e a compreensão de quais são os requisitos que o mercado realmente está pedindo para a sua área de atuação.
De acordo com ele, estão sendo exigidos cada vez mais dos jovens da América Latina a experiência em um trabalho anterior e a capacitação extracurricular (cursos de oratória, liderança, línguas etc).
Brasil: situação mais confortável
O principal entrave que os jovens da América Latina encontram, na opinião do presidente do portal, é exatamente a falta de experiência em um emprego anterior. Porém, nesse aspecto, o Brasil sai na frente de outras nações vizinhas.
"Fora o Brasil, os outros países da América Latina não têm programas de estágio desenvolvidos. Por isso, o jovem chega ao mercado de trabalho sem experiência nenhuma", afirmou. "Nos EUA e na Europa, os programas estão mais avançados".
Em contrapartida, ele afirmou que os norte-americanos e europeus mais jovens sofrem com outro problema: nesses países, o custo para contratar um jovem com pouca experiência e uma pessoa com três, quatro, cinco anos de formado é o mesmo, o que diminui o interesse das companhias em contratar os recém-formados.
Profissões
Swett disse que as profissões mais saturadas no mercado de trabalho latino-americano são as de jornalismo, psicologia e arquitetura. Por outro lado, dentre as áreas que ele considera promissoras, as citadas foram as de tecnologia e saúde - nesse último caso, pelo fato de a população estar envelhecendo.