Após dois anos de pandemia, o Brasil começava a esboçar uma reação em seus principais setores econômicos. A deglagação da guerra na Europa, no entanto, trouxe novas incertezas àquelas já existentes, deixando de herança um longo caminho de recuperação pela frente. “Os impactos de sucessivas crises ainda permanecem imprevisíveis, mas fato é que ocorreu um aumento nas inadimplências e, portanto, dos créditos a se recuperar”, avalia a advogada Renata Martins Belmonte, líder de equipe da área de Recuperação de Créditos do Albuquerque Melo Advogados.
Mais estratégica do que nunca, a existência de um especialista que identifique patrimônios dos devedores e trace alternativas viáveis para satisfação do crédito tornaram-se cruciais. “Neste contexto, performam melhor as empresas que, contando com parceiros estratégicos, e que baseadas em dados e em investigação, possuem capacidade de tomar decisões preditivas e proativas, aposta Belmonte.
Segundo ela, a crise econômica acende o alerta dos credores para a necessidade de se prevenir a inadimplência e a insolvência dos negócios. “Daí, estratégias especializadas e direcionadas que evitem, por exemplo, desvio de ativos e ocultação de patrimônios, são ainda mais importantes”, acrescenta.
Nesse sentido, a tecnologia tornou-se a principal aliada do credor. “Como último avanço, na esfera judicial, podemos citar a inovação da pesquisa reiterada do SisbaJud, conhecida popularmente por teimosinha. Mas não é só. O Conselho Nacional de Justiça tem feito diversas parcerias, que resultaram em inovações para a área. O SisbaJud é uma delas, já que nasceu da parceria do CNJ, Procuradoria Geral e Banco Central. Temos, ainda, o sistema SIMBA, o Bacen CCS, a CNIB. Todas essas ferramentas estão à disposição do credor, bastando que ele saiba o momento exato de pleitear cada uma”, explica.
No âmbito extrajudicial, o desenvolvimento tecnológico também abriu o leque de opções, especialmente para as ferramentas de coletas de dados gerais. “Mas é fundamental entender quais as melhores e qual o uso ideal de cada uma delas para se alcançar a efetividade”, pontua Belmonte.
“O Poder Judiciário tende a ser resistente em conceder medidas restritivas que saiam do padrão, sempre pautados no princípio da execução menos danosa ao devedor, descuidando do fato de que a execução serve, justamente, para que o credor possa perseguir um crédito não adimplido voluntariamente”, lembra a advogada. Ela ainda ressalta que é preciso conhecer bem o mercado de atuação do cliente para encontrar as melhores soluções de recuperação de créditos.
Sobre a fonte:
Renata Martins Belmonte é advogada graduada pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduanda em Processo Civil pela Escola Paulista de Direito (EPD). Atuante na área de aviação, com 13 anos de experiência atendendo companhias aéreas internacionais. Possui curso de Propriedade Intelectual na Escola Paulista de Magistratura e de Análise de Contratos e Recursos Civil na Escola Superior de Advocacia. Assumiu, recentemente, a ocupação de Líder em Recuperação de Créditos do escritório Albuquerque Melo.
Sobre o Albuquerque Melo
Idealizado por profissionais com mais de 25 anos de experiência em empresas de grande porte e escritórios líderes em seus segmentos, o Albuquerque Melo Advogados completa, em 2022, 10 anos de atuação no mercado nacional e internacional. O escritório possui expertise no atendimento de empresas de diversos setores e conta com equipes multidisciplinares que possuem experiência de mercado e visão de negócio, se destacando no atendimento de Consultoria Jurídica Empresarial e Contencioso Estratégico e de Escala, além de Assessoria completa em Aviation, Rotina Corporativa, M&A, Recuperação de Créditos e Proteção de Dados Pessoais e Privacidade. O escritório também tem sócios que atuam com exclusividade nas áreas de Direito de Família e Sucessões, Direito Público, Administrativo e Eleitoral.