Manter um negócio com uma boa saúde financeira não é uma tarefa fácil, é preciso um bom gerenciamento e visão estratégica do futuro para entender quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, como perda de receita ou aumento de despesas, e qual é o momento certo para fazer mudanças e ganhar mais eficiência.
De acordo com o economista do Banco Mundial, Joseph Stiglitz, a diminuição de gastos é uma das maneiras pelas quais as empresas podem aumentar sua eficiência e, portanto, melhorar sua competitividade. O corte em despesas pode trazer benefícios diretos e indiretos, dentre eles a melhoria da margem de lucro, a possibilidade de financiar investimentos em tecnologias digitais que possam aumentar a produtividade e a eficiência da empresa. Além disso, a redução de custos pode tornar a organização mais competitiva no mercado.
Para o especialista em administração de empresas pela Universidade de Warwick (Inglaterra), Alberto Vargas, é preciso entender que redução de custos, digitalização e qualidade de serviço andam de mãos dadas. “o mercado brasileiro tem experiências onde demonstrou que a transformação de custos e a digitalização são iniciativas que interagem para gerar uma maior experiência do cliente e não são excludentes, porém é uma ferramenta importante para alcançar o êxito das empresas”, explica.
Dentre tantas possibilidades para mudanças, algumas se destacam pelas oportunidades de aperfeiçoarem os níveis de entrega e desempenho com que pode ser adotado, como:
- Automação de processos que gerem eficiência e redução de custos;
- Digitalização e ferramentas com base em nuvem;
- Inteligência artificial e cognitiva;
- Sistemas de software para o planejamento dos recursos da empresa (ERP).
Além disso, as tecnologias digitais também podem fornecer insights e análises que auxiliam as empresas a tomar decisões mais informadas sobre qual setor da empresa otimizar os custos.
No entanto, Alberto Vargas destaca que a automação deve ser cuidadosamente gerenciada para garantir que os benefícios ocorram sem problemas ao longo da implementação e execução.
Apesar das tecnologias, outros pontos externos também podem ser considerados, como:
- Revisão de contratos com fornecedores;
- Eliminação de processos desnecessários;
- Redução de custos com serviços;
- Práticas de gestão financeira mais rigorosas.
Para Vargas, quando se trata de colaboradores, a qualificação dos funcionários existentes pode ser uma opção mais econômica do que a contratação de pessoas já qualificadas no mercado de trabalho. “Só não podemos esquecer que se a empresa estiver em um setor altamente competitivo e exigir habilidades muito específicas, será necessário contratar pessoas já especializadas”, explica.
Buscar aumentar a eficiência do negócio e, em alguns momentos, visando a redução de certos custos, não deve ser vista como um fim, mas sim como um meio para financiar investimentos que possam aumentar a produtividade e a eficiência da organização visando o longo prazo. Além disso, a revisão estratégica dos custos deve ser uma prática contínua, e não apenas uma medida pontual para enfrentar dificuldades financeiras.
Sobre Alberto Vargas
Jorge Alberto Vargas é formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra. Possui experiência em gerência de finanças, planejamento, contabilidade, compliance e no desenvolvimento de equipes de alta performance. Já ajudou diversas empresas de diferentes tamanhos a atingir objetivos de inovação, custos e crescimento. Antes de morar no Brasil, trabalhou em mercados do México, Colômbia, Venezuela e Peru, sempre buscando entender a necessidade das empresas e a realidade econômica de cada país.