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Resultados da Pesquisa Nacional de Empresas Contábeis – PNEC – Parte I

Os resultados da nova pesquisa das empresas contábeis estão fechados e serão publicados ao longo de algumas semanas

Fonte: O Autor

Resumo: Os resultados da nova pesquisa das empresas contábeis estão fechados e serão publicados ao longo de algumas semanas, ao final das quais serão compilados no formato de e-book com os dados completos. Você não pode perder.

Descrição:

Pesquisa “é a coleta de informações junto ao consumidor, concorrente ou fornecedor para orientar a tomada de decisões ou solucionar problemas”. Esta simples definição extraída do site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) exprime a real intenção da mais nova edição da Pesquisa Nacional de Empresas Contábeis (PNEC), ou seja, recolher conhecimentos da classe empresarial contábil a fim de desenvolver, colaborar, reproduzir e atualizá-la para a segurança no momento de escolher o caminho a seguir.

A Pesquisa Nacional de Empresas Contábeis – PNEC teve início em 2012 com a visita da Comissão de Precificação dos Serviços Contábeis – Copsec a diversas empresas de prestação de serviços de contabilidade, ocasião em que muitos dados foram coletados. No ano seguinte, o questionário estruturado e disponibilizado na internet foi respondido por 191 empresas de todo o país. A terceira edição da pesquisa ocorreu neste ano, de 2 de maio a 8 de agosto, apoiada por diversos parceiros e entidades, que esperam ser auxiliados pelas informações coletadas no sentido de facilitar o posicionamento dos empresários da contabilidade nos momentos cruciais da tomada de decisões.

Participação na PNEC: A 3ª PNEC teve a participação de 244 empresas contábeis distribuídas em 85% dos estados brasileiros, condição que traz maior credibilidade na retratação da visão majoritária da classe. O estado com a maior participação, como não poderia deixar de ser, foi São Paulo, com 29% do total, seguido do Paraná (13%), Minas Gerias (11%), Rio de Janeiro (10%), Distrito Federal (6%), Rio Grande do Sul (5%), Santa Catarina (5%), Pernambuco (3%) Bahia (2%), Pará (2%) e Mato Grosso (2%). Os estados do Amazonas, Rondônia, Alagoas, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Piauí, Mato Grosso do Sul, Roraima e Sergipe somaram 9%. Rio Grande do Norte, Tocantins, Acre e Amapá não participaram da pesquisa.

Tempo de atividade: A mortalidade das empresas com dois anos de atividade, segundo pesquisas do Sebrae, era de 46% em 2008 e 2009. A partir de 2010 caiu significativamente para 24% (pesquisas efetuadas até 2012). Se a pesquisa continuasse aumentando o tempo de atividade certamente o índice de mortalidade crescerá assustadoramente. O resultado da PNEC mostra que a atividade empresarial contábil tem especial longevidade. Em 2013/14, ocasião da 2ª PNEC, observou-se que as empresas que participaram da pesquisa tinham, em média, 13,6 anos de atividade, e em 2017 aumentou para 17 anos. Este quadro pode ser dividido em três grandes grupos: empresas com menos de cinco anos que representam 22%; empresas com mais de 25 anos são 24%; portanto, 54% das empresas têm mais de cinco anos e menos de 50. Destaco que a empresa mais antiga que participou da pesquisa já conta com 52 anos de atividade, o que é excepcional.

Investidores: Identificar algumas características dos sócios em relação aos investimentos era algo desejado, e constatamos que cada empresa contábil tem 2,05 sócios, sendo que 87% deles atuam diretamente dentro da empresa, ou seja, apenas 13% são exclusivamente investidores. Foi perguntado se os sócios possuem investimentos em outros negócios e em 59% das empresas a resposta foi que eles atuam com exclusividade na empresa contábil, em 24% das empresas alguns dos sócios têm outra atividade e em 17% delas todos os sócios têm, no mínimo, mais uma atividade distinta da prestação de serviços contábeis. São duas as formas de analisar a opção dos investidores: ter foco num investimento garante a possibilidade de sucesso, pois todas as energias estarão concentradas; já a outra é de não depositar todos os ovos num só cesto. Entendo que ambas, de acordo com o estilo do empresário, pode dar certo, pois mesmo se a opção for uma só empresa é possível prestar mais de um serviço, como a venda de seguros, certificados digitais, representação de software etc.

Continue acompanhando os resultados da PNEC nas próximas semanas. Você vai se surpreender.

Gilmar Duarte é palestrante, contador, autor dos livros "Honorários Contábeis" e “Como ganhar dinheiro na prestação de serviços” e CEO do Grupo Dygran (indústria comércio do vestuário, software ERP e contabilidade).

03/09/2017