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Férias escolares: Pais sentem no bolso a temporada dos filhos em casa

Professor de economia da IBE-FGV dá dicas para driblar os preços altos e curtir com a garotada

Fonte: A Autora

As férias chegaram, mas os pais devem ficar atentos com alta dos produtos e serviços mais procurados no período. Entre julho de 2016 e junho de 2017, os preços avançaram 4,78%, ficando acima da inflação acumulada no mesmo intervalo de tempo (3,44%), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE).

O levantamento mostra que a maioria dos itens ficou mais cara em relação ao ano passado. O milho de pipoca (14,96%), bolo pronto (13,51%) e pão de forma (11,21%) foram os que mais subiram. Entre os serviços, os aumentos foram ainda maiores, como as passagens aéreas (15,44%), teatro (14,85%) e show musical (12,07%).

A dona de casa Aline Silva, mãe do trio Laura, Sara e Sofia, de 12, 10 e 7 anos, respectivamente, estava preocupada. “As crianças esperam ansiosamente por este período em casa. Mas, elas se cansam da rotina, se estressam e começa a desejar os passeios. Tento equilibrar as contas, mas já senti no bolso os gastos maiores”, diz. A secretária Gisele Lima, mãe do pequeno Filipe de Lima Rosa, de 5 anos, concorda. “Com ele em casa dobram as despesas de mercado e os gastos com atividades extras. Afinal, é férias e ele quer passear. Já deu para sentir que os preços deste ano estão mais salgados”, afirma.

Apesar dos aumentos registrados em produtos típicos, as despesas com alimentação avançaram menos que a inflação, subindo, nos últimos 12 meses, 0,63%. Entre os alimentos, a queda de 12,54% registrada nos preços das frutas é a principal contribuição a queda.

Dicas

Para tentar driblar as altas e curtir o período sem abrir mão da economia, há boas alternativas para a família. O professor doutor em economia da IBE-FGV, Paulo Ferreira Barbosa, explica que os aumentos de preços se devem ao maior consumo e redução e oferta.

Ele recomenda o planejamento como melhor forma de fugir dos preços altos. “Planeje com antecedência e defina um orçamento para conseguir os melhores negócios, fazer as escolhas corretas e garantir o passeio da turma toda”, sugere.

Ele também indica a pesquisa de preços como fundamental. “Faça diversos orçamentos e veja os descontos para pagamento à vista. Se tiver que parcelar, prefira a quantidade de parcelas sem juros”. Além disso, as compras antecipadas saem com melhores condições de valores e entradas para espetáculos e parques podem ser encontradas com bons preços em sites e aplicativos. “Procure os cupons de desconto e promoções”.

Fuja da alta temporada”, aconselha ainda. Segundo o professor, viajar para locais que continuam sendo atrativos mesmo em baixa temporada, como o Nordeste em julho, também é uma opção. “As temperaturas continuam agradáveis para os passeios e os preços são menores”, diz.

Por fim, quem não vai sair para viajar pode se divertir com pequenos passeios perto de casa. Veja qual o zoológico ou parque mais próximo e programe piqueniques ao ar livre. “O importante é passar tempo com as crianças e garantir que elas descansem para o segundo semestre”.

“Para a próxima temporada, faça seu planejamento antecipado e boas férias”, finaliza o professor.

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