Autor: Marcos BassiFonte: O Autor
Foi-se o tempo em que o contabilista era responsável apenas pelos serviços de registro e escriturações contábeis, pelas emissões de documentos fiscais e pelas tarefas bancárias. O empresariado passa constantemente por necessidade de novas ideias, e para isso buscam contratar pessoas inovadoras, que tragam diversos benefícios aos negócios e à organização, fato que para a alta administração tornou-se uma interessante oportunidade.
Frente ao atual momento econômico vivido pelo País, no entanto, a retenção de despesas tem sido realidade enfrentada pelas empresas, resultando em estratégicos remanejamentos e na transferência de novas obrigações para os tradicionais cargos, como é o caso do contador.
Desde o início das atividades, e com o passar do tempo, esse profissional acrescentou diversos ofícios sob seu leque de expertise, e, dessa maneira, passou a exercer maior responsabilidade frente ao seu papel dentro da empresa e para com seus gestores.
Atualmente, os contadores desempenham também uma recorrente presença na gestão do negócio, muitas vezes auxiliando nas tomadas de decisões a partir de análises de balanços e do mercado, da formação de preços, da gestão do fluxo de caixa e de crédito, além de prospecções que possam nortear os projetos - avaliando aspectos como investimentos, lucros, questões jurídicas e estratégias comerciais, dentre outros.
Uma nova postura também ocorre em relação à gestão de informações, visto que as organizações têm obrigações com a declaração de diversos informes solicitados pelo governo. Nesse sentido, cabe a esse profissional a função de atender essas exigências, comunicando-se interna e externamente. Além disso, principalmente no que diz respeito às questões legislativas e das normas contábeis, tornou-se de extrema importância que os contadores estejam sempre atualizados quanto às constantes alterações que influenciam diretamente nas operações comerciais e estratégicas da empresa.
Diante desse cenário, as áreas de conhecimento necessárias para atuação na profissão ampliaram-se, tornado imprescindível noções - ainda que básicas - de economia, administração, direito, gestão de pessoas e controladoria, para maximizar o entendimento sobre o contexto nacional e internacional, capacitando-se para possíveis antecipações que agreguem valor e vantagens ao negócio da organização.
Em síntese, o profissional contábil precisa antes de tudo preocupar-se em se manter atualizado, atuante na conjuntura do segmento da instituição e aproveitar as várias ferramentas disponíveis para sua especialização. Nitidamente, as organizações têm padecido na busca de profissionais com o perfil acima destacado, sendo que algumas afirmam que encontrá-los é como procurar uma "agulha no palheiro", pois espera-se que o contador do futuro não seja mais apenas um técnico sobre contabilidade, mas um consultor na área contábil.
Portanto, terão destaque aqueles que compreenderem que ter pró-atividade e estar aberto a inovações e a especializações pode ser a porta para "insights" favoráveis à organização e ao próprio crescimento profissional.