Mais uma campanha eleitoral está em curso, na verdade em sua fase final. E nós? Nós continuamos advogando, clinicando, estudando, educando, comerciando, trabalhando em uma infinidade de atividades diárias, que, com absoluta certeza, são muito importantes para cada um e para suas famílias.
Entretanto, por mais significativas que sejam nossas atividades, acredito que elas não se sobrepõem ao futuro de um Estado, ao futuro do Parlamento brasileiro, e, principalmente, ao futuro da Nação.
Pois tudo está de uma forma ou de outra interligado, somos elos de uma mesma corrente, visto que, se o País vai bem, o Estado vai bem. Se o Estado vai bem, os municípios vão bem. E se os municípios vão bem, com certeza o principal também irá bem, e o principal são as pessoas, homens e mulheres que habitam esse Brasil varonil.
Brasil de dimensões continentais, de recursos naturais invejáveis, com água em abundância, solo fértil, praias maravilhosas, Amazônia, Pantanal, o nosso Cerrado, e o mais importante: povo bom, honesto e trabalhador.
Voltando às eleições, lembrei-me do imortal Rui Barbosa, que, em O Triunfo das Nulidades, no século passado, afirmara: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Não vamos permitir que esses conceitos se concretizem. Vamos sim arregaçar as mangas e ocupar os espaços, em todos os níveis.
Meu pai sempre nos dizia: "Ocupem os espaços, participem efetivamente, pois se as pessoas de bem não participarem, os picaretas tomarão conta de tudo. E nós, não teremos nem sequer, o direito de reclamar, porque fomos omissos".
Vamos fazer com que as boas ações, o bom caráter, a seriedade, a honradez, a retidão de princípios, as boas ideias e os ideais nobres triunfem sempre.
Não deixemos que as maçãs podres estraguem todas as maçãs do cesto.
Nossa responsabilidade é muito grande - saber separar, e bem, o joio do trigo.
Por isso, devíamos todos, deixar a condição de estilingue para virarmos vidraça, deixarmos a condição de plateia para virarmos atores.